O que todo mundo acha é que a automação residencial é algo novo, de agora…mas o que poucos sabem é que ela já vem sendo aprimorada há mais de 50 anos, por aqueles que já estavam em busca de praticidade no dia a dia.
Muito tempo antes de pensar em automação, pra ser mais exata, em 1898, Nikola Tesla, desenvolveu um aparelho que seria considerado o primeiro controle remoto. No experimento, ele usou ondas de rádio para controlar um barco de brinquedo.
Em sequência dessa inovação, em 1900 começaram a ser produzidos os primeiros itens tecnológicos domésticos, como máquinas de lavar roupa, de secar roupa, refrigeradores, entre outros. Todos esses itens eram longe de serem considerados inteligentes porém, eram itens de tecnologia que marcaram o início do uso da eletricidade do ambiente domiciliar.
Em 1960, houve o surgimento da primeira máquina automatizada. Ela foi considerado por muitos como o início da automação de fato. Chamada de ECHO IV e criada pelo engenheiro da Westinghouse, Jim Sutherland, essa máquina era o primeiro operador eletrônico computadorizado para ambientes domésticos. Que nome, né??
Foi “lançada” em 1966, era enorme, bastante complexa, capaz de armazenar receitas e imprimir listas de compras. A função principal da ECHO IV era controlar os eletrodomésticos da cozinha, emitindo comandos de liga ou desliga. Ela também podia controlar a temperatura da casa, sendo claramente a primeira tentativa de concentrar e automatizar as principais funções da residência. Sutherland configurou este novo sistema de computador para controlar muitos aspectos de sua casa com sua esposa e filhos como usuários ativos. Era realmente um computador doméstico – ou seja, a própria casa fazia parte do computador e seu uso era integrado às rotinas diárias da família.
Infelizmente, não chegou a ser comercializada pelo tamanho e alto valor de custo.
Mais tarde, por volta dos anos 70, a automação continuou fazendo progressos. A tecnologia percebeu que existiam muitas soluções adaptados para o ambiente industrial e que esse tipo de tecnologia possuía alto preço para soluções de dentro de casa.
Anos depois, em 1975 foi criada a X10, pela Pico Electrónica de Glenrothes, na Escócia. X10 é um protocolo de comunicação entre dispositivos eletrônicos usados para automação residencial (domótica). Ele usa a fiação da linha de distribuição interna de energia elétrica para sinalização e controle. Ele também pode ser usado como protocolo para rede sem fio. A X10 foi considerada a primeira tecnologia de rede de automação residencial continua a ser a mais amplamente disponível. Em 1978, os produtos da linha X10 tinham novidades como um console de comandos de 16 canais, módulos de controle de lâmpada e de eletrodomésticos.
Já em 1980, anos considerados como o fim da idade industrial e início da idade da informação, algumas tecnologia de automação residencial começaram a ser mais acessíveis em alguns países. Alguns itens foram popularizados facilmente, como portões automáticos de garagem, termostatos, sistemas de segurança e luzes com sensores de presença.
Mas o ano de destaque dessa década foi 1984, quando a Associação Americana de Construtores criou o termo Casa Inteligente – Smart Home (termo que particularmente amamos e usamos na nossa logo marca!!!!). J Apesar de as casas inteligentes não se transformarem em realidade por muitos anos, o termo continuaria sendo usado até os dias atuais.
Já no ano de 1990, Simon Hackett (um empresário australiano de tecnologia) e John Romkey (atualmente um dos proprietários da Blue Forest Research) criaram a primeira torradeira de pão controlada pela internet. Foi um marco pra época considerando a tecnologia de conexão discada da época, e inaugurou a era da Internet das Coisas (IoT – Internet of Things), ainda que bem no comecinho. O termo IOT foi criado por Kevin Ashton, pioneira da tecnologia Britânica, nove anos depois do experimento da torradeira. Ele ficou conhecido por cunhar o termo para descrever um sistema onde a Internet é conectada ao mundo físico por meio de sensores onipresentes.
E assim por diante, muitas coisas foram caracterizando os anos com suas invenções.
O Ano de 1996 trouxe uma inovação curiosa, mas muito prática: as chaves clapper. Com elas era possível acender e apagar as luzes batendo palmas. Apesar dos problemas com as ativações involuntárias, ela se tornou um emblema dos anos 90, figurando em vários brinquedos e tecnologias domésticas.
No fim da década, a automação residencial explodiu de vez, ficando cada vez mais barata. Nesse momento, Bill Gates já fazia demonstrações de como seria a Casa Inteligente do futuro.
De tão precisa que foi a visão da casa inteligente apresentada pela Microsoft no início dos anos 2000, vários itens foram aceitos prontamente incluindo dispositivos inteligentes como sistemas de segurança por câmeras conectadas, fechaduras smart e controle completo sobre a iluminação.
A popularização dos celulares, que logo viriam a ser smartphones, trouxe oportunidades únicas para a automatização, ganhando alcance em escala global.
Nos dias de hoje, a tecnologia se torna progressivamente mais conectada e inteligente, integrando todos os diferentes setores da casa em espaços cheios de ideias inovadoras que se comunicam diretamente com o seu smartphone ou com os wearables, tais como smartwatches e smartbands.
Provavelmente enquanto eu escrevia esse post e enquanto você está lendo, o próximo passo da tecnologia já está em andamento. Alguém está inventando ou aprimorando alguma coisa porque a inovação nesse nicho não para e cada dia mais, aparecem novos recursos e novas ideias para tornar mais prártico o nosso dia a dia. E você? Quando vai começar a usufruir disso tudo?
Karla Ribas.
Fontes: Somfy, My Alarm Center, Zeus Integrated, AFCDUD, Blog Positivo Casa Inteligente.